O “urso” que a sociedade insiste em ver em nós

Fiquei desempregada aos 50 anos. Foi como vestir um pesado casaco de pele de urso: limita-nos, abate-nos e faz-nos sentir fora de lugar. A partir de certa idade, até após muito sucesso profissional, a sociedade olha para nós como “ursos”, mas cabe-nos a nós provar que somos muito mais.

A força para continuar vem de dentro. Transformar contratempos em oportunidades é o que diferencia os resilientes – aqueles que sobem dois degraus mesmo quando a vida os empurra para baixo.

Eu acredito que “só para a morte não há solução” e, mesmo assim, sou capaz de negociar com São Pedro para voltar à vida. Quem me conhece sabe disso! Mas, vencer não depende só de mim. Depende também de quem escolho ter à minha volta.

Por isso, elimino o que é tóxico e procuro o que me faz crescer. Como diz um amigo brasileiro, há por aí muito “olhar de secar planta” – pessoas que nos murcham com um olhar. Afaste-se delas! Rodeie-se de quem o faz florescer.

A nossa força mental é poderosa. É ela que nos mantém vivos e capazes de aceitar novos desafios. Afinal, experiência, maturidade e idade são sinónimos de responsabilidade e resiliência.

O segredo? Persistir, insistir e nunca desistir! Todos os dias sou melhor do que ontem, e cada passo aproxima-me do meu objetivo. Pode não ser hoje, mas vou lá chegar.

E você? Está pronto para se desafiar e desafiar o que a sociedade pensa?

Clarisse Macedo

A sua consultora imobiliária